É natural que surjam dúvidas ao buscar atendimento com um psiquiatra pela primeira vez. Essa página reúne perguntas frequentemente realizadas por nossos pacientes. Caso você possua alguma questão que não esteja contemplada nessa página, entre em contato conosco que teremos o maior prazer em atendê-lo(a).
É comum ouvir esse questionamento. Primeiramente vale a pena definir o que é a psiquiatria. Da mesma forma que outras áreas, como a cardiologia e a oftalmologia, a psiquiatria é uma especialidade médica.
No caso da psiquiatria, trata-se de uma especialidade voltada à prevenção, à identificação e ao tratamento de condições relacionadas à saúde mental.
Psiquiatra é o médico que, após seis anos de faculdade de medicina, decide se especializar na área de psiquiatria. Vale destacar que, como médico, esse profissional possui conhecimento aprofundado sobre as funções do organismo e está apto a estabelecer a reconhecer possíveis impactos de doenças físicas sobre a saúde psíquica.
Transtornos mentais são problemas de saúde que envolvem alterações no comportamento, na forma de pensar ou de sentir as emoções. Essas alterações passam a caracterizar um transtorno mental quando os sinais e sintomas ocasionam desconforto significativo e geram prejuízo no exercício das atividades diárias.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma a cada quatro pessoas no mundo será afetada por determinado transtorno mental em algum momento da vida, podendo acometer indivíduos de todas as faixas etárias e todos os níveis socioeconômicos.
Como exemplo dessas condições, podemos citar a depressão, os transtornos de ansiedade e o transtorno bipolar.
As manifestações clínicas dos transtornos psiquiátricos costumam ser muito diversas, podendo uma mesma condição apresentar sintomas distintos de acordo com as características individuais de cada paciente.
É possível, porém, listar alguns sinais que merecem atenção e que podem indicar a necessidade de consultar um médico psiquiatra:
- Variações frequentes do humor;
- Tristeza e desânimo persistentes;
- Crises de choro;
- Baixa auto-estima;
- Irritação e raiva constantes;
- Problemas de memória, com esquecimentos frequentes;
- Dificuldade de concentração;
- Alterações do sono (insônia ou sonolência excessiva durante o dia);
- Alterações do apetite. Ex: redução significativa do apetite ou comer compulsivamente;
- Confusão mental;
- Medo de perder o controle;
- Ansiedade, angústia ou preocupação que geram desconforto significativo;
- Isolamento social (evitação ou diminuição do contato com outras pessoas);
- Uso e abuso de álcool ou outras substâncias, como o cigarro e a maconha;
- Medo de sair de casa ou de ficar em locais onde há muitas pessoas;
- Crises de angústia e de ansiedade, nas quais sente o coração acelerar e tem a sensação de que pode desmaiar;
- Sintomas físicos inexplicáveis, já avaliados por médicos de outras áreas. Ex: cansaço ou dores no corpo intensas e persistentes sem uma causa física identificável;
- Aumento ou diminuição do desejo sexual;
- Medo intenso de situações, objetos ou animais específicos, muitas vezes incompreendidos pelas outras pessoas;
- Pensamentos negativos, relacionados à morte ou ao suicídio;
- Agressividade direcionada a si próprio ou a outras pessoas;
- Atitudes impulsivas, das quais costuma se arrepender. Ex: comprar compulsivamente, brigar ou se expor a situações perigosas;
- Apresentar momentos de agitação, pensamento acelerado e sensação de estar com “muita energia”;
- Visões de vultos ou outras alterações da percepção. Ex: ouvir vozes que as outras pessoas não conseguem ouvir;
- Sensação de que está sendo perseguido ou de que as outras pessoas estão tentando prejudicá-lo;
- Atitudes e hábitos perfeccionistas, que geram incômodo a si próprio ou a pessoas próximas;
- Pensamentos repetitivos e desagradáveis. Ex: ter a ideia de que precisa assumir ou repetir uma determinada ação ou frase para evitar que aconteça algo ruim.
Psiquiatra é o médico especializado na área de saúde mental. Dessa maneira, todo psiquiatra é, necessariamente, um médico. A formação desse profissional consiste em seis anos de faculdade de medicina e, após esse período, uma especialização em Psiquiatria. Atualmente determina-se que a especialização deve idealmente ocorrer sob a forma de residência médica. A residência médica é uma pós-graduação (especialização) em Psiquiatria, com duração de 3 anos. Durante esses 3 anos, em período integral e com carga horária que pode chegar a 60 horas semanais, o médico já formado é submetido a treinamento adicional em serviços ambulatoriais e hospitalares de Psiquiatria, compreendendo as diversas subáreas da especialidade, como emergência, transtornos de humor, transtornos de ansiedade, psicoses, dependência química e psiquiatria da infância e adolescência. Apenas após a conclusão da residência médica o médico se torna especialista na área de Psiquiatria e é declarado Médico Psiquiatra pelo Conselho Regional de Medicina.
Durante a sua formação, o médico psiquiatra recebe um treinamento abrangente voltado à prevenção, à identificação e ao tratamento em saúde mental. Para isso, pode lançar mão de estratégias de psicoterapia (modalidades que envolvem a aplicação de técnicas psicológicas, por meio da conversa entre o profissional e o paciente, para o alívio dos sintomas) ou recorrer ao tratamento farmacológico (uso de medicações). Hoje os estudos científicos demonstram que a associação dessas duas modalidades costuma trazer benefícios na abordagem dos transtornos mentais. Como o psiquiatra é médico, com treinamento específico, é o único profissional da área de saúde mental apto a prescrever medicações para o tratamento de transtornos psiquiátricos, e é ele o especialista que possui maior conhecimento em relação a esses remédios (antidepressivos, por exemplo).
Psicólogo é o profissional graduado em faculdade de psicologia, curso com duração de 5 anos. A Psicologia é uma ciência que trata dos estados e processos mentais, do comportamento do ser humano e de suas interações com o ambiente físico e social. O psicólogo clínico possui treinamento e utiliza técnicas psicoterápicas no tratamento de seus pacientes.
Como são áreas com similaridades, por tratarem da saúde mental, a Psiquiatria e a Psicologia compartilham algumas características. Por exemplo: tanto o psiquiatra quanto o psicólogo possuem treinamento em psicoterapia e ambos estão aptos a exercer a função de psicoterapeuta (ou seja, exercer a prática da psicoterapia). Além disso, é comum que o trabalho desses profissionais seja complementar, e o mesmo paciente necessite realizar acompanhamento com um psiquiatra e um psicólogo.
Psicanalista é um profissional (geralmente psiquiatra ou psicólogo) com formação específica em psicanálise, oferecida por instituições psicanalíticas. Não se trata de uma profissão regulamentada, portanto não existe um curso superior (faculdade) de psicanálise. A psicanálise, originada da teoria de Sigmund Freud sobre o funcionamento da mente humana, considera a presença do inconsciente e se vale de interpretações para a compreensão e tratamento dos pacientes. Embora nem todo psiquiatra ou psicólogo seja psicanalista, esses profissionais frequentemente utilizam o conhecimento derivado da psicanálise, aplicando as técnicas em uma modalidade de psicoterapia conhecida como psicoterapia de orientação analítica.
Embora venha se tornando mais frequente consultar profissionais da área de saúde mental, as pessoas ainda costumam ter dúvidas sobre o que esperar quando agendam a primeira avaliação com um psiquiatra. Esse médico é especializado no tratamento de questões emocionais, e buscará fazer com que você se sinta confortável para explicar o que vem sentindo.
Não, você não precisará ficar deitado em um divã, de costas para o médico, enquanto ele fica em silêncio e faz anotações sobre tudo o que você fala (essa é uma ideia comum das pessoas, que confundem muito a figura do psicanalista e do médico psiquiatra – na questão anterior tratei desse tema). Na realidade, a consulta com um psiquiatra aproxima-se muito mais das consultas médicas com as quais as pessoas já estão acostumadas.
Ao mesmo tempo em que guarda semelhanças com consultas de outras especialidades médicas, a consulta com o psiquiatra também possui suas peculiaridades.
Você chegará ao consultório e será chamado para a consulta no horário marcado, e aí inicia-se a conversa (também conhecida como consulta ou entrevista psiquiátrica, que na verdade nada mais é que uma conversa entre médico e paciente, na qual se utilizam técnicas próprias). Essa conversa possui um objetivo específico, que é a busca pelo alívio dos problemas enfrentados pelo paciente.
Inicialmente, é importante para o psiquiatra conhecer o paciente e compreender a razão que o levou a procurar atendimento. No decorrer da avaliação, o médico busca caracterizar as dificuldades enfrentadas e, para isso, pode realizar perguntas detalhadas a respeito de diversos sintomas.
Valoriza-se na psiquiatria a avaliação das singularidades de cada pessoa (dessa forma, procura-se saber sobre as relações familiares, profissionais, hábitos e atividades de lazer).
É importante conhecer o histórico clínico e familiar do indivíduo. Assim, o profissional pode questionar sobre tratamentos realizados anteriormente e se há pessoas na família que já enfrentaram problemas parecidos.
Pode-se efetuar, ainda, o exame físico, para identificar aspectos da saúde física do indivíduo (antes de prescrever algumas medicações, por exemplo, é essencial aferir a pressão arterial).
Como meios para auxiliar no diagnóstico, o médico psiquiatra pode solicitar exames laboratoriais ou exames de imagem (como a ressonância magnética).
Nos momentos finais da consulta, o psiquiatra define hipóteses diagnósticas (que podem ser transtornos psiquiátricos) e estabelece o tratamento mais adequado para a recuperação do paciente. Por fim, agenda-se uma data para reavaliação (geralmente próxima) após o primeiro encontro.
Ao estabelecer hipóteses diagnósticas compatíveis com os sintomas apresentados pelo paciente, o psiquiatra pode indicar diferentes modalidades de tratamento, dependendo das particularidades da pessoa e também dos aspectos de cada caso.
De modo geral, opta-se por uma das seguintes alternativas:
- Psicoterapia: aplicação de técnicas psicológicas que envolvem a comunicação verbal entre profissional e paciente.
- Tratamento farmacológico: prescrição de medicamentos.
- Associação de psicoterapia ao tratamento farmacológico: não é infrequente e costuma trazer ótimos resultados.
Prezamos pela autonomia do paciente na escolha da melhor estratégia terapêutica. Dessa maneira, o indivíduo é estimulado a expressar sua opinião e a decidir em conjunto com o médico o tratamento mais adequado.
Uma vez iniciado o tratamento, as consultas passam a ser periódicas, de forma que o profissional possa avaliar a evolução do paciente e realizar intervenções com vista à plena recuperação do quadro clínico.
Havendo necessidade, o psiquiatra pode encaminhar o paciente para a avaliação de outros profissionais, como o psicólogo, o nutricionista ou o médico neurologista.
Há uma ideia bastante difundida entre a população de que o tratamento com o psiquiatra é caro e que as consultas são muito frequentes. É preciso desmistificar isso. A regularidade das consultas varia de acordo com a situação clínica de cada paciente.
No período inicial do tratamento, normalmente as avaliações são mais frequentes (mensais, por exemplo), a fim de que possa haver um acompanhamento próximo da evolução do paciente e de seus sintomas. Além disso, nessas primeiras consultas monitoram-se possíveis efeitos colaterais das medicações prescritas.
À medida que o paciente passa a apresentar melhora de suas queixas, as avaliações tornam-se mais espaçadas. Há pessoas que consultam a cada dois, três ou até mesmo a cada seis meses. Não há uma regra. Dependendo do quadro apresentado, pode-se avaliar até mesmo a possibilidade de alta.
Atualmente os médicos psiquiatras dispõem de um enorme rol de medicamentos para o tratamento dos transtornos psiquiátricos. Esses remédios possuem características próprias e pertencem a diferentes classes farmacológicas.
Uma informação importante é que a imensa maioria dos remédios utilizados não gera dependência (ou seja, não vicia).
Há duas classes, porém, que merecem atenção, pois quando utilizadas de forma inadequada e sem orientação especializada, geram risco de dependência. Tratam-se dos benzodiazepínicos e dos psicoestimulantes. É fácil identificá-los, pois trazem em suas embalagens uma tarja preta alertando sobre esse risco. Vale destacar que, quando corretamente prescritos pelo psiquiatra, esses remédios são ferramentas valiosas para o tratamento de determinados transtornos psiquiátricos, e o profissional adota precauções para minimizar ao máximo o risco de dependência.
Sim. Após a primeira consulta, oferecemos uma consulta de retorno sem custo adicional dentro dos primeiros 30 dias após a avaliação inicial. Essa prática permite complementar as informações obtidas na consulta anterior, bem como assegurar que os pacientes sejam reavaliados dentro de um prazo adequado, o que é fundamental para o sucesso do tratamento.
Um de nossos principais objetivos é tornar mais acessível a atenção psiquiátrica de qualidade, pautada em princípios éticos e no atendimento humanizado. Dessa forma, temos firmado parcerias com diversas entidades de nossa região.
Esta é a lista dos convênios atendidos pela clínica:
- Kard Sul Convênios
- Plano Santa Catarina Assistência Familiar
- SC Convênios Class
- SIDESC Club Card
- SEC (Sindicato dos Empregados do Comércio de Brusque)
- SEEB (Sindicato dos Bancários de Brusque)
- SETHOBRU (Sindicato dos Empregados em Hotéis e Restaurantes de Brusque e Região)
- SINDMESTRE (Sindicato dos Mestres e Contramestres de Brusque)
- SINDNAPI (Sindicato Nacional dos Aposentados)
- SINPRO (Sindicato dos Professores de Itajaí e Região)
- SINSEB (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e Região)
- SINTIPLASQUI (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Material Plástico e Químico de Brusque e Região)
- SINTRAB (Sindicato dos Motoristas de Brusque)
- SINTRAFITE (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Fiação de Brusque)
- SINTRICOMB (Sindicato da Construção e do Mobiliário de Brusque e região)
- SINTRIVEST (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Vestuário de Brusque e região)
Não. É direito do paciente em acompanhamento receber laudos ou relatórios sobre o seu tratamento e sua condição clínica sem que haja custo adicional. Usualmente esses documentos são elaborados durante a consulta médica, mas há ocasiões em que o paciente pode solicitá-los em outro momento, e o psiquiatra atende a demanda em alguns dias. Mesmo nessas situações não há cobrança para a emissão da referida documentação.
Sim. Caso o paciente não possa se deslocar até o consultório, oferecemos a modalidade de atendimento psiquiátrico domiciliar. Basta informar essa condição no momento do agendamento da consulta.